À CONVERSA COM O FUTEBOLISTA ESPOSENDENSE ARSÉNIO NUNES

FUTEBOLISTA ESPOSENDENSE ARSÉNIO NUNES A CAMINHO DA BULGÁRIA PARA JOGAR NO «PFC LITEX LOVECH» DA LIGA PROFISSIONAL

A EXCELENTE ÉPOCA NO MOREIRENSE DA I LIGA PORTUGUESA, COM 37 JOGOS E 5 GOLOS VÁRIAS VEZES ELEITO “FÍGURA DA JORNADA” DESPERTOU O INTERESSE DOS BULGAROS COM QUEM ASSINOU POR 3 ÉPOCAS

Arsénio Martins Lafuente Nunes tem 25 anos de idade, é natural de Apúlia, Esposende, é solteiro e tem uma irmã. Fez os seus estudos básicos em Apúlia e os secundários em Esposende. Ingressou no ISMAI – Instituto Universitário da Maia, onde frequentou e concluiu o 1º ano da licenciatura em Educação Física. Curso que conta terminar um dia, quando a carreira desportiva o permitir. Segue-se o resultado de uma conversa muito agradável que tive com este jovem craque que tem espalhado magia pelos relvados de todo o país e que agora, fruto da qualidade das suas exibições, ruma para a Bulgária onde vai representar um dos principais clubes Búlgaros, o “PFC Litex Lovech” da Liga Profissional Búlgara de Futebol A, um clube carismático e com adeptos muito fervorosos.

GOSTOS PESSOAIS

CLUBE: “Tenho uma simpatia pelo Porto, talvez por ter jogado lá no início da minha carreira.”

MÚSICA: “Sou apaixonado por música. Música brasileira, latina e africana. Adoro os Coldplay e várias outras bandas.”

DESPORTOS: “Futebol, como é bem claro. Mas também gosto de ténis, de Bolei de praia e de futebol também de praia, modalidades que aproveito para jogar no verão.”

LEITURA: “Gosto de ler, em especial a imprensa desportiva. Leio muito. Às vezes leio aquilo que escrevem sobre mim e o meu desempenho e fico contente, outras nem tanto, mas é a vida. Eu aceito a opinião dos comentadores e dos críticos e tento sempre melhorar.”

A FAMÍLIA

A família está sempre presente. A minha namorada tem-me acompanhado e vibra comigo sempre que venço algo. Nos momentos mais complicados, como nas lesões, são o nosso porto de abrigo e quem nos dá coragem para continuar.

PRIMEIROS CHUTOS NO ESFÉRICO

Desde cedo que comecei a jogar à bola. O meu pai também foi jogador, embora amador, tendo atuado em equipas como o Fão e o Apúlia. Portanto desde pequenino que comecei a ter o gosto pela bola e pelo futebol. Comecei a jogar mais a sério, aos 9 anos de idade, nas escolinhas da ADE.

CARREIRA DE UM CAMPEÃO

Joguei 3 anos nas escolinhas da Associação Desportiva de Esposende, onde fui treinado pelo professor Rui Pereira, atual vereador do desporto no Município. Da ADE fui para o escalão dos iniciados do Futebol Clube do Porto e depois passei para os infantis. Fui campeão nacional de iniciados no Futebol Clube do Porto na época de 2001/2002. Em 2004 sai do Porto para o Leixões onde estive 4 anos. O meu último ano júnior no Leixões estive no apuramento para os 4 melhores em Portugal, com o Porto, o Benfica e o Sporting. Em 2007/2008 fui à seleção nacional de sub-19.

Assinei o meu primeiro contrato, como profissional com o Leixões e para 2 épocas. Segui para o Padronense e subimos para a 2ªLiga. Depois assinei pelo Maritimo, onde joguei na equipa principal, no campeonato e na Taça da Liga.

Em 2010 sofri uma lesão, que me obrigou a parar durante 6 meses. Esta paragem retirou-me ritmo e então dei um passo atrás. Assinei pelo Ribeirão. Fiz uma excelente época e fui para o Belenenses. Assinei por 2 anos e fomos campeões nacionais da 2ª Liga, logo no primeiro ano, subindo à I Liga.

Em janeiro de 2014 dá-se a mudança para o Moreirense. Campeões da II Liga e subida `I Liga. Esta época terminamos num excelente 10º lugar. Gostei muito de trabalhar com o treinador Miguel Leal que acreditou em mim e me convocou com regularidade. Também tenho que salientar o treinador “Van Der Gaar”, na passagem pelo Belenenses, com quem gostei muito de trabalhar. Na próxima época espero continuar o bom desempenho com que terminei a presente época e contribuir para muitas vitórias do LITEX, que é o meu novo clube.

EQUIPAS POR ONDE PASSOU

1998–2001: Associação Desportiva de Esposende

2001–2004: Futebol Clube do Porto

2004–2008: Leixões Sport Club

SÉNIOR

2008–2010: Padroense – 46 Jogos – 4 Golos

2010–2011: Marítimo B – 21 Jogos – 3 Golos

2011–2012: Ribeirão – 24 Jogos – 4 Golos

2012–2014: Belenenses – 47 Jogos – 5 Golos

2014–2015: Moreirense – 37 Jogos – 5 Golos

2015–2017: Litex

MOMENTO MAIS DRAMÁTICO DA CARREIRA

“Foi quando tive uma lesão, precisamente numa fase em que estava a viver um excelente momento, em boa forma. Esta lesão veio provocar-me uma paragem que acabou por ser bastante prejudicial para a minha carreira. Recuperei bem e isso foi o mais importante.”

MELHOR MOMENTO DA CARREIRA

“Tenho vários momentos bons na minha carreira e na minha vida. Na carreira o melhor de todos foi quando marquei o golo decisivo para a subida do Moreirense para a I Liga, na época de 2013/2014.”

INTERNACIONAL SUB-19

“Fui chamado à seleção Nacional de Sub-19 na época de 2007/2008.”

PRESENÇA NAS REDES SOCIAIS… FACEBOOK

“Tenho uma página no facebook, da qual me ocupa e faço eu próprio a gestão. Dou a conhecer a minha atividade e partilho o meu estado de espirito, sobre tudo as minhas alegrias e os meus sucessos.”

RONALDO OU MESSI?

“MARADONA”

“Ronaldo é mais objetivo. Messi mais intuitivo. De qualquer forma, por enquanto, para mim o melhor de sempre continua a ser o Maradona.”

ESTADO DO FUTEBOL PORTUGUÊS?

“Eu acredito na verdade desportiva. Acho que o Benfica foi um justo campeão. De qualquer forma, respondendo mais diretamente à questão colocada, quero dizer que em Portugal o que realmente conta, são os 3 grandes. Os outros vem a seguir. Basta ver o tratamento que lhes é dado pela imprensa e pelos comentadores.”

E A FIFA?

“O que se tem vindo a saber ultimamente é uma vergonha. O Senhor Blater deve sair quanto antes. Gostava de ver o FIGO a presidir à FIFA. O que eu acho mesmo importante é que as organizações que gerem o futebol fossem geridas por pessoas ligadas ao futebol, sejam ex. futebolistas, ou outros agentes diretos.”

EXPETATIVAS PARA O PRÓXIMO CAMPEONATO DA EUROPA, A JOGAR EM 2016 NA FRANÇA?

“Acho que os grandes favoritos são os alemães. Portugal é um outsider, mas por isso mesmo e pela campanha que tem feito pode muito bem surpreender.”

COMO VÊ O FUTEBOL EM ESPOSENDE?

“Esposende tem 4 bons estádios e algumas equipas que vão tentando fazer carreira, mas as dificuldades são mais que muitas, especialmente por se tratar de um concelho pequeno. Gostava de ver uma junção de esforços no sentido de ser possível criar uma grande equipa concelhia que pudesse chegar aos nacionais e disputar campeonatos.”

ESPOSENDE, CONCELHO E CIDADE?

“Adoro Esposende. Por onde tenho passado e por onde passo, aconselho toda a gente a visitar Esposende. Este concelho melhorou muito nos últimos 5 a 6 anos. Temos praia, rio, excelente restauração e gastronomia e uma lindíssima marginal. O que isto era e o que é hoje. O único senão é mesmo o vento. Se calhar o vento em certas ocasiões até nos ajuda, pode ser um elemento diferenciador. Os melhoramentos que tem vindo a ser realizados na Avenida Marginal tem aprimorado muito a nossa frente ribeirinha.”

PRÓXIMOS DESAFIOS

“Manter o bom nível com que terminei esta época e contribuir para que o meu clube obtenha grandes vitórias.” Espero que esta experiência internacional te proporcione exibições à altura e um dia possas jogar num dos grandes da europa.

“Espero um dia terminar o curso superior e fazer carreira no ensino.”

AMBICIONAS SER TREINADOR DE FUTEBOL?

“Não me vejo a treinador, embora o futuro pode vir a ser diferente daquilo que hoje penso. Espero um dia terminar o curso superior e fazer carreira no ensino.”

“O MEU SONHO… É JOGAR NA LIGA DOS CAMPEÕES”

“O meu grande sonho é um dia poder jogar na Liga dos Campeões. Claro está que também ambiciono, como qualquer jogador, chegar um dia à seleção nacional, mesmo sabendo que isso não é fácil, principalmente não jogando num dos grandes clubes nacionais. Um dia, quem sabe.”

NOTAS FINAIS SOBRE ESTA ENTREVISTA

Obrigado amigo Arsénio pela simpatia demonstrada desde o primeiro contacto e pela amizade. Desejo-te o maior sucesso para esta nova etapa na tua carreira e louvo a ousadia desta aposta num clube estrangeiro, desejando que alcances os objetivos que ambicionas.

De referir que desde a nossa conversa, até à publicação desta entrevista verificou-se a assinatura do novo contrato com o LITEX. O avançado de 25 anos foi um dos jogadores mais utilizados por Miguel Leal ao longo da última temporada e apesar de ter mais um ano de contrato com os minhotos está de partida para a equipa orientada por Balakov, ex-internacional búlgaro que em Portugal representou o Sporting. Este clube búlgaro joga na I Liga e na época que agora terminou classificou-se em 4º lugar e chegou aos quartos-de-final da taça. Para o ano também jogam na LIGA EUROPA onde vamos poder ver o Arsénio a jogar. Afinal a Liga dos Campeões já nem está tão longe quanto parecia há 15 dias atrás.

Sem cometer alguma inconfidência quero terminar esta entrevista com uma curiosidade: A certo momento, questionei o Arsénio sobre a próxima época tendo-me respondido que ia continuar no Moreirense, embora gostasse de jogar num grande. Disse-lhe que se aproximava o momento das transferências e que devido ao excelente final de época, ele era bem capaz de ir para algum dos grandes ou mesmo para o estrangeiro. O Arsénio deu um sorriso. Entretanto já falamos ao telemóvel, eu cá, ele já a treinar na Bulgária, quando ele… me lembrou o episódio. Gostei! Também fiquei contente quando me afirmou, ao telefone, estar a sentir-se muito bem e ter sido calorosamente recebido, tanto pelos responsáveis do clube como pelos adeptos.

Aproveito ainda para deixar aqui um pequeno registo, em jeito de homenagem a vários ouros futebolistas esposendenses a jogar atualmente ao mais alto nível em equipas nacionais e estrangeiras; TOZÉ CARVALHO [ESTORIL], FREDERIC MACIEL [F.C. PORTO], JOÃO PATRÃO [CHAVES], RUI NIBRA [BENFICA DE MACAU], MÁRIO MENDONÇA [OLIVEIRENSE] E DINIS ALMEIDA [RÉUS, ESPANHA].

O "AJUSTAMENTO"

O ajustamento segue imparável; Vende o Estado e vendem os privados e a razão é (quase) a mesma: O Estado, falido e os privados descapitalizados. A PT já é dos franceses;
A EFACEC dos Angolanos; O NOVO BANCO vai para os Chineses e a TAP para Brasileiros. Já pouco fica a restar em mãos nacionais e nem preciso lembrar que a EDP é dos chineses; As AUTOESTRADAS de espanhóis e por ai fora. *Resta a satisfação de nos casos da Altice [novos donos da PT] e da TAP, haver capital de portugueses.

Os estrangeiros parece terem levado muito a sério o slogan que por cá andou muito em voga: "Compre o que é nacional". Vieram, compraram e não vão deixar nada. Talvez muitos dos nossos governantes já estejam a começar a perceber a falácia que foi a treta dos "centros de decisão" ficarem em Portugal. Era uma vez! Quem compra quer mandar e nisso tem toda a razão. Nada tenho contra o investimento estrangeiro. O que eu gostava de ver era investimentos de raiz, na criação de indústrias e consequente aumento de postos de trabalho.

Achei alguma graça à imagem do Parlamento “Vendido”. Não sei bem a que se referiam; Se ao edifício ou ao recheio!

A TRAGÉDIA GREGA

A tragédia GREGA segue com novos capítulos.

Fica provado que sozinhos, os Estados, pouco ou nada representam. Enquanto os governantes continuarem a pensar isoladamente, jamais deixarão de ser controlados pelo grande capital, os ditos mercados e de nada valerá a apresentação de bonitos programas eleitorais a sufrágio do «povo». Era uma vez a… democracia! O que nos falta atualmente são líderes com carisma, competência, seriedade e visão estratégica. A continuar assim, a UE não irá nunca além de um grupo de países onde impera a inveja e a falta de solidariedade. Só vamos ter uma autêntica UNIÃO quando, em todo o espaço europeu houver igualdade de oportunidades e uniformização de políticas.

Começa a parecer-me que a «troika», as tais instituições credoras, não querem somente impor condições financeiras, mas t

ambém e muito, impor um modelo de governação e mesmo levar ao condicionamento dos eleitores nas eleições a realizarem-se proximamente em países como Portugal, Espanha. Começa a ser claro que o que a «troika», diga-se a Alemanha e o FMI querem, é humilhar um governo democraticamente eleito, mas liderado pelo Syriza.

Os gregos bem tentaram, mas acabaram por perceber e sentir que são muito pequeninos e que estão sozinhos nesta luta contra o capital. O governo português, o tal bom aluno e o próprio presidente da república têm-se desdobrado em declarações a criticar os gregos e a exigir que cumpram o impossível. A dívida grega, tal com a portuguesa, tem juros incomportáveis e são impagáveis nos prazos impostos. Este “filme” podia chamar-se «COMO HIPOTECAR O FUTURO DOS PAÍSES POBRES».

Mário Fernandes

27-06-2015

CURVENSE "JOÃO DIAS" BENFEITOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ESPOSENDE

Caríssimas/os amigos;

Reproduzo aqui este artigo do meu caro amigo José Felgueiras, com devida autorização do autor, que fez questão de mo enviar.

Muito obrigado meu caro amigo.

Continue a fazer aquilo que tão bem faz: A investigar e a construir a história do nosso concelho, porque desta forma está a contribuir para o engrandecimento cultural e para o enriquecimento do nosso património.

Com o meu amigo José Felgueiras
investigador e historiador esposendense

JOÃO DIAS - BENFEITOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ESPOSENDE

João Dias era natural de S. Cláudio de Curvos em cuja igreja foi baptizado pelo padre Francisco Alves do Lago, a dezanove de Junho de 1675. Filho de Frutuoso Dias e de Marta Francisca, teve como padrinho Domingos Dias Vasco. Casou com Antónia Francisca de Almeida, uma baiana de ascendência portuguesa com raízes em Penafiel, que morava na freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Camamu, em S. Salvador da Baía. Foi Familiar do Santo Ofício e teve um filho, Domingos Dias de Almeida, que também se habilitou a membro daquela Congregação em 15-09-1738.(i) Domingos morava perto, em Santa Vera Cruz, na ilha de Itaparica, local onde se verificou o último desembarque de escravos naquela região, já depois de o mesmo ter sido proibido. Nesse desembarque precipitado, houve muitos afogados e outros, já em terra, sucumbiram à fome e ao cansaço, depois de obrigados a correr para fugir das autoridades. De 500, apenas sobreviveram 285.(ii)

Os negócios de João Dias, também eles ligados ao tráfico de escravos, levaram-no a assentar arraiais na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Senhor de largas posses, foi a partir daí que manteve estreita relação material e espiritual com a Santa Casa da Misericórdia de Esposende, a quem fez várias ofertas (esmolas),em troca da celebração de actos religiosos por suas intenções. João Dias aparece várias vezes referenciado nos livros da Instituição como Capitão, não se especificando se do mar, se de terra.

A primeira dádiva de João Dias à Santa Casa, foi um rico paramento confeccionado em Lisboa, para ser utilizado em ocasiões solenes, um Pontifical, pois, numa reunião do Cabido, havida em 24 de Julho de 1729, foi acordado que «era conveniente que viesse por terra, pelo correio, o Pontifical da cidade de Lisboa, que mandou fazer o Capitão João Dias, morador na cidade da Baía, por ser coisa de grande empenho e se temer que por mar, correria algum risco». A preocupação com o seu transporte, demonstra bem a importância e a qualidade da obra oferecida.

Passados quase dois anos, no dia 26 de Abril de 1732, na mesma sala, onde se encontravam reunidos o Provedor, os irmãos da Mesa e o Procurador de João Dias, foi aberta uma carta, em que este reclamava que não tinham sido mandadas dizer três missas de Natal por sua intenção e outras três, no mesmo dia, por intenção de sua mulher. A explicação foi dada, de pronto, ao Procurador e prometido que dali em diante, as ditas 6 missas «seriam ditas no dia de Natal, atendendo às benfeitorias que o capitão João Dias tem prestado a esta Casa». Na mesma carta, João Dias dizia ainda que o Provedor e mais Irmãos, lhe haviam mandado pedir “pau de jacarandá”, para se fazerem umas grades para a Capela do Senhor da Praça e juntamente «para um andor do Senhor dos Passos» mas que, na sua opinião, «era melhor fazerem-se na cidade da Baía para o que mandassem desta Santa Casa, as medidas para as ditas grades e andor» (iii). E assim foi feito.

Muito pouco tempo depois, o capitão João Dias, confirmava, através de carta chegada na frota da Baía e aberta em 24 de Junho de 1732, que iria mandar “ uma grade de pau-preto para a Capela do Bom Jesus da Praça e mais seis varas para o pálio do mesmo pau”. Foi portador de tal carta o capitão João de Barros Ribeiro, que além do mencionado, ainda teria de entregar “uma dúzia de ramos de pena”, que completariam o desejo e a devoção do remetente, “logo ao depois da grade assentada”. Em troca desta benfeitoria, o capitão João Dias, pedia que lhe mandassem celebrar, “cinco capelas de Missas e quatro ofícios”.

Esta magnífica grade, uma requintada obra de arte da marcenaria daquele tempo é precisamente aquela que se encontra ainda hoje em frente da Capela do Senhor dos Mareantes, antigamente chamado “Bom Jesus da Praça”. Podemos, ao contemplá-la, dizer com segurança, que foi feita no Brasil, na Baía e que fez 281 anos, oficialmente, ontem, 24 de Junho, dia de S. João!

O andor, esse, chegou um pouco mais tarde. É uma acta da reunião do Cabido, de 8 de Dezembro de 1736, que nos diz que o capitão João Dias, «tinha remetido para esta Santa Casa, um andor de pau-brasil, com sua coberta de tela roxa e entretecida de ouro, com os seus ramos do mesmo ouro e com franja em rodas de ouro grandes» A carta dizia ainda, que este benfeitor enviara ainda mais seis mil e quatrocentos reis, que Lourenço Pereira, de Lisboa, devia remeter à Santa Casa para pagamento dos ornatos do referido andor. Não falava do seu custo, pois «queria lho aceitasse Nosso Senhor, por esmola e somente pedia em remuneração, que lhe mandassem dizer logo, quatro capelas de Missas: duas pelas almas de seus pais e parentes defuntos e duas pelas almas dos pais e parentes defuntos de sua companheira Antónia Francisca de Almeida.»(iv)

Não estou certo de que o actual andor do Senhor dos Passos, peça tão emblemática da Semana Santa, pelo menos para aqueles que o carregam na procissão de Quinta-feira Maior, seja o mesmo a que a acta de 8 de Dezembro de 1736 se refere. Para ter certezas, ter-se ia que fazer, no mínimo, um exame à madeira de que é construído e estudar a talha. Porém, um convencimento tenho e posso partilhá-lo: o estilo do andor é “D. João V” e, portanto, enquadrado na época faustosa contemporânea da descoberta do «ouro e das pedras preciosas» no Brasil

Se assim for, será mais uma extraordinária peça com 279 anos que vem enriquecer substancialmente o património cultural, histórico e material da nossa Santa Casa da Misericórdia, instituição marcante e a mais antiga do concelho que desde a sua fundação presta serviços relevantes às  gerações que a ela têm recorrido ao longo dos séculos.

Mas, para além disto, a Igreja da Misericórdia tem mais, mas muito mais, para nos surpreender em termos de História!

JOSÉ FELGUEIRAS

Muito obrigado meu caro amigo. Um abraço, forte.
MF

À CONVERSA COM PEDRO ROCHA CHEFE DOS ESCUTEIROS DE ESPOSENDE

PEDRO ROCHA ESCUTEIRO HÁ 26 ANOS ATUAL CHEFE DOS ESCUTEIROS DE ESPOSENDE

ESCUTEIROS DE ESPOSENDE – AGRUPAMENTO 301 - CELEBRAM O SEU 46º ANIVERSÁRIO

Pedro Miguel Ribeiro Rocha nasceu no Porto, tem 36 anos, é casado, tem um filho e vive em Esposende desde 2006. É bancário em Esposende e chefe do Agrupamento 301 dos Escuteiros de Esposende. Quem o conhece e com ele priva, sabe que se trata de uma pessoa de “trato fino” e com uma postura irrepreensível. Alguém que gosta mesmo daquilo que faz, que é solidário e que se entrega totalmente às causas que abraça. Um líder nato, que conduz com mestria os projetos em que acredita.

Vamos então fazer um pouco de história, descobrindo as vivências, os gostos e o caminho percorrido pelo meu entrevistado de hoje. Vamos conhecer os seus projetos, o que o move e ainda desvendar os seus… sonhos.

ESCUTEIRO DESDE OS 10 ANOS DE IDADE

Nascido no Porto e aí a viver cedo se iniciou no escutismo. Com 10 anos de idade ingressou no Agrupamento 304 de Santo Ildefonso, na qualidade de «lobito» [mais à frente já vão perceber o que é que isto significa], tendo transitado posteriormente para o Agrupamento 7 da Paróquia da Sé, também na cidade do Porto. A mudança de agrupamento devem-se unicamente ao facto de o primeiro ter entrado em inatividade. Já no segundo Agrupamento, o da Sé, estagiou para dirigente, demonstrando desde logo o amor ao escutismo e às suas causas e o interesse por continuar ligado a este movimento que considera de especial importância no desenvolvimento da sociedade e na formação do ser humano.

A CHEGADA A ESPOSENDE

A chegada de Pedro Rocha a Esposende tem a ver com o facto de ter conhecido uma jovem esposendense, com quem se veio casar. Nas conversas preparatórias, tidas com o P.e Delfim Fernandes, houve que referir a vivência católica e a participação ativa nos Escuteiros.

Claro está que o Pároco de Esposende – P.e Delfim, atento, logo lhe lançou o desafio para o relançamento do Agrupamento 301 de Esposende, que se encontrava inativo acerca de 5 a 6 anos.

Pedro Rocha foi refletir e eis que aceita o desafio. Integra um pequeno grupo que acaba por ir estagiar no Agrupamento 813 de Marinhas, que assim apadrinha a reativação dos Escuteiros de Esposende.

EM 28 DE SETEMBRO DE 2008 FOI OFICIALMENTE RELANÇADO O ESCUTISMO NA CIDADE DE ESPOSENDE

No ano de 2007 reabrem inscrições para a admissão aos escuteiros. Passado cerca de um ano, reunidas as condições há que dar corpo à equipa e pô-la a funcionar. No dia 28 de setembro do ano de 2008, com cerca de 38 elementos é apresentado publicamente o agrupamento 301 de Esposende com a celebração das primeiras promessas.

Na chefia do grupo, como não podia deixar de ser, está Pedro Rocha, que havia sido incansável na preparação do grupo e na criação de condições para dar início às atividades.

Pedro Rocha está na chefia do agrupamento de 2007 a 2010. Em 2010 o agrupamento passou a ser chefiado por Margarida Praia que cumpriu o mandato de 2010 a 2013. Em 2013 Pedro Rocha volta a ser eleito para a chefia, no mandato que vai até 2016.

GOSTOS PESSOAIS

CLUBE: “Sou portista, até porque nasci no Porto e ai vivi grandes alegrias proporcionadas pelas grandes vitórias que o Porto tem conseguido.”

MÚSICA: “Gosto muito de ouvir música de todo o tipo, embora goste ainda mais da música ritmada e que transmite alegria.”

DESPORTOS: “Desde sempre que gostei muito de futebol, que ainda hoje jogo semanalmente, enquanto amador. Na atualidade as modalidades que mais pratico são a corrida e a caminhada.”

LEITURA: “Gosto de ler e de escrever.”

A FAMÍLIA É A PRINCIPAL BASE DE APOIO

Para ser escuteiro, com as responsabilidades que sempre tenho vindo a assumir, é preciso contar com uma família que seja tolerante, especialmente com o tempo que dispensamos à causa e que também adira um pouco a esta missão. No meu caso, considero mesmo que a família tem sido o elemento determinante para que eu possa cumprir esta missão.

PEDRO ROCHA LIDEROU EM ESPOSENDE O PROGRAMA NACIONAL “LIMPAR PORTUGAL”

Sendo a natureza uma das vossas causas foi fácil abraçar um desafio que ia ao encontro dos objetivos dos escuteiros?

“CASTOR ASTUTO”

É habitual os escuteiros adotarem um Totem Pessoal “pseudónimo”, tal como o veio a fazer Pedro Rocha. Escolheu “Castor Astuto” a que associou uma imagem criada por um amigo ilustrador. Este nome significa que passou pela patrulha “Castor” e “Astuto” está relacionado com as suas próprias caraterísticas pessoais e a sua personalidade.

PLANOS DE ATIVIDADES E ORÇAMENTOS

“Os planos de atividades e os orçamentos são aprovados anualmente, obedecendo sempre ao plano trianual apresentado pela direção no início de cada mandato.”

Qual é o valor anual movimentado? “Temos um orçamento anual que ronda os 9 a 10 mil euros.”

De onde provem as principais receitas? “As nossas receitas provêm essencialmente de duas formas: Uma fatia vem das quotas pagas por cada escuteiro e dos pais que custeiam parte de cada atividade e o restante de campanhas de angariação de fundos.”

Qual é o valor da quota anual? “O valor da quota anual do ano escutista em vigor é de 25€.”

QUANTO CUSTA SER ESCUTEIRO?

“Ser escuteiro não custa nada e custa muito. Não custa nada, basta querer. Para isso é necessário comungar dos nossos objetivos e professar a religião católica. Quanto a custos financeiros digamos que o uniforme, a mochila e demais equipamento individual pode rondar os cem euros, dependendo da qualidade desses materiais extra uniforme.”

O UNIFORME É TODO IGUAL?

“O uniforme é todo igual, porque é o uniforme do CNE – Corpo Nacional de Escuteiro e está sujeito a regulamento. O que distingue os agrupamentos é a insígnia de cada agrupamento usada no braço. O lenço tem igualmente uma insígnia da região a que pertencemos, neste caso, a de Braga.”

FORMAÇÃO PARA DIRIGENTES

A formação para dirigentes tem um período de duração de 3 anos e incide sobre várias temáticas, sendo de salientar as relações interpessoais, a liderança pelo exemplo o respeito pelo próximo e pela natureza, bem como a vivência da sua Fé.

DOS ESTATUTOS DO CORPO NACIONAL DE ESCUTAS

O Corpo Nacional de Escutas (CNE) - Escutismo Católico Português é uma associação de juventude, sem fins lucrativos, destinada à formação integral de jovens, com base no método criado por Baden-Powell e no voluntariado dos seus membros. O CNE afirma-se movimento da Igreja Católica e está ciente das responsabilidades que lhe advêm deste facto, bem como daquelas que resultam da Hierarquia. Pretende contribuir para a formação de cidadãos capazes de tomarem uma posição construtiva na sociedade, aptos a participarem na constante transformação do mundo à luz do Evangelho, segundo a doutrina católica. O CNE não se identifica com qualquer ideologia partidária nem com o poder constituído e integra-se na Organização Mundial do Movimento Escutista, com expressa aceitação da sua Constituição Mundial. São associados do CNE todos os indivíduos maiores de seis anos que tenham feito a promessa escutista. Para a admissão à promessa escutista é condição necessária estar-se na disposição de cumprir fielmente, segundo o grau de maturidade próprio da idade respetiva, os Estatutos e Regulamentos do CNE Para a promessa de dirigentes é ainda necessário ter bom comportamento moral e cívico. Os dirigentes do CNE professam e praticam a religião católica. Para a consecução dos fins educativos do CNE, os associados repartem-se, quanto à idade, desenvolvimento e função, em diferentes secções e categorias definidas em regulamento. Corpos Gerentes, Organização Territorial e Níveis. O CNE está organizado em quatro níveis: nível nacional; nível regional; nível de núcleo e nível local, que é o Agrupamento.

«F.A.C.E.I.S.» FINALIDADES EDUCATIVAS

O escutismo desenvolve uma ação constante ao serviço da juventude, em fidelidade a um modelo de desenvolvimento integral da pessoa humana, nas suas dimensões física, afetiva, caráter, espiritual, intelectual e social.

O Desenvolvimento do Carácter: Ser capaz de escolhas autónomas e responsáveis; de as assumir até às últimas consequências.

O Desenvolvimento da Criatividade: Aprender a produzir o que se consome, resistir à alienação, ao consumo.

O Desenvolvimento do Sentido dos Outros: Respeitar o seu semelhante, aprender a viver em comunidade, em Democracia.

O Desenvolvimento Físico: Tornar-se responsável pelo seu corpo, crescendo e vivendo em harmonia com ele.

O Desenvolvimento do Sentido de Deus: Reconhecer Deus na obra da Criação, na história vivida em comum.

O ESCUTISMO

“O ESCUTISMO É PARA TODOS e tem um Programa e um Método Educativo.”

Ao nível das unidades locais, terrestre ou marítimas, o CNE distribui os seus membros de uma forma etária:

Lobitos
Na idade de Lobito (6 – 10 anos), o importante é brincar com os outros, no meio da alegria e da imaginação. O Lobito gosta de inventar jogos, gosta de brincar, de colecionar toda a espécie de coisas. A sua curiosidade é inexcedível.

Exploradores/Moços
Os Exploradores/Moços (10 – 14 anos) estão na idade de querer descobrir o mundo e a vida; é a idade da aventura, dos projetos fabulosos, dos heróis invencíveis. O Escutismo propõe-lhes a “Aventura”/”Expedição”, verdadeiramente decidida em comum e vivida por todos, na qual a pessoa de um herói é ao mesmo tempo um desafio e o cimento necessário à coesão do grupo.

Pioneiros/Marinheiros
Entre os 14 e os 18 anos é a idade do grande desafio: os jovens querem dar provas do que são capazes, querem ver reconhecida a sua personalidade, desejam conhecer os outros a fundo, viver em grupo e, com eles, “ajudar a transformar o mundo”.

Caminheiros/Companheiros
A partir dos 18 anos, os jovens encontram-se numa encruzilhada: a esperança e o desejo de encontrar um lugar no mundo dos adultos vêm chocar com a angústia e o medo de não o conseguir. É a idade das grandes opções. Através da autonomia progressiva em relação ao grupo, da aceitação de responsabilidades para com os outros, o Escutismo propõe-lhes, aos 22 anos, uma verdadeira “partida” para a vida construtiva e livre na sociedade dos Homens.

A “PROMESSA” ESCUTISTA

“Prometo pela minha honra, e com a graça de Deus, fazer todo o possível por; Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria; Auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias; Obedecer à Lei do Escuta.”

OS 10 ARTIGOS DA “LEI DO ESCUTEIRO”

1º A honra do Escuta inspira confiança; 2º O Escuta é Leal; 3º O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa ação; 4º O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas; 5º O Escuta é delicado e respeitador; 6º O Escuta protege as plantas e os animais; 7º O Escuta é obediente; 8º O Escuta tem sempre boa disposição de espírito; 9º O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio; 10º O Escuta é puro nos pensamentos, palavras e ações.

ESCUTISMO MUNDIAL É LIDERADO PELO PORTUGUÊS JOSÉ ARMANDO GONÇALVES

O Chefe Nacional Atual é Norberto Correia e tomou posse em 4 de Janeiro de 2014 em Fátima. O Chefe Regional é Hugo Cunha. O Chefe João Armando Gonçalves é atualmente o presidente do comité mundial da Organização Mundial do Movimento Escutista, sendo o primeiro português a ocupar o cargo equivalente a “Chefe Mundial” o que só pode orgulhar os portugueses, em especial os escuteiros portugueses.

O ESCUTISMO NO CONCELHO DE ESPOSENDE

Existem atualmente 4 grupos ativos:

AGRUPAMENTO 82 MAR; AGRUPAMENTO 301 ESPOSENDE; AGRUPAMENTO 813 MARINHAS e AGRUPAMENTO 1296 FORJÃES.

Também já existiram Agrupamentos em Palmeira de Faro, em Apúlia e em Fão. Em Apúlia existem as “GUIAS DE PORTUGAL”, sendo na prática um grupo de escutismo mas só com a participação feminina.

OS AGRUPAMENTOS DO ARCIPRESTADO DE ESPOSENDE PERTENCEM AO «NÚCLEO CEGO DE MAIO» DA PÓVOA DE VARZIM

O Núcleo Cego de Maio existe há 90 anos e integra os Agrupamentos dos arciprestados de Esposende, da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, com que reunimos regularmente e com quem interagimos em inúmeras atividades, promovidas e /ou dirigidas aos escuteiros do Núcleo.

“FRATERNIDADE NUN’ALVARES”

É como que uma associação que acolhe os elementos que passaram pelo escutismo e que por diversos fatores não conseguem permanecer no escutismo ativo. Em Esposende esta associação tem-se mostrado muito ativa e ainda há poucos dias, realizaram um encontro/jantar de confraternização e de evocação do 46º aniversário da criação do Agrupamento de Escuteiros de Esposende.

PARCERIAS

Temos um conjunto de entidades parceiras, que privilegiamos e com a ajuda das quais ou em prol delas realizamos algumas das nossas atividades.

Os parceiros institucionais são a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, com quem colaboramos sempre que somos solicitados e nos é possível enquadrar a ajuda como “oportunidades educativas” para os nossos escuteiros Estas entidades também nos ajudam, principalmente na logística das nossas atividades, onde se incluem alguns transportes. Também colaboramos com a REDE SOCIAL e a LOJA SOCIAL.

UM APELO

Convido os pais e as mães a incentivarem os seus filhos a integrar o movimento escutista. Venham até nós para perceber o nosso trabalho, as nossas atividades e os objetivos que perseguimos. O escutismo não é um passatempo, é uma escola de vida que complementa todas as outras formas de educar a criança e o jovem, com regras e objetivos claros no progresso de cada um.

O SONHO DE PEDRO ROCHA É…

“O meu sonho é ter uma sede para este agrupamento. Atualmente, tal como aliás vem vindo a acontecer estamos instalados em duas salas contiguas ao Salão paroquial de Esposende, mas estas não reúnem as melhores condições para a prática das atividades que regularmente realizamos. Espero muito sinceramente que este sonho posso um dia ser uma realidade. Para tal temos vindo a solicitar ao Município a cedência de um espaço mais adequado e condigno.”

PRÓXIMA ATIVIDADE

“A nossa próxima atividade vai ser o ACAMPAMENTO DE AGRUPAMENTO a realizar nos dias 11 e 12 de julho no Campo Escutista de Ronfe em Guimarães.

Aproveito para referir que a nossa última atividade enquanto agrupamento foi um passeio/peregrinação a Fátima no passado mês de abril. Esta peregrinação foi aberta à comunidade, tendo contado com a participação de alguns familiares e amigos dos escuteiros.”

NOTAS FINAIS

Conheci Pedro Rocha, que veio enriquecer o meu núcleo de amigos, no ano de 2009. Pedro Rocha era chefe dos Escuteiros de Esposende e apareceu a liderar em Esposende o programa nacional organizado pela sociedade civil com a designação de «Limpar Portugal” e pretendia realizar uma jornada nacional de limpeza da mata e da floresta nacional. Participei enquanto munícipe e presidente de Junta realizando uma ação na freguesia de Curvos e colaborando com o grupo concelhio.

Depois disso criamos uma relação de amizade que viria a beneficiar as instituições que liderávamos: Os Escuteiros de Esposende e a Junta de Freguesia de Curvos. Começamos a realizar atividades conjuntas. Cedi várias vezes as instalações da Junta para a realização de atividades e lembro-me pelo menos de um acantonamento [dentro de espaços abrigados/fechados] e um de acampamento [em tendas], com “pedy-paper’s” e outras atividades. Apercebi-me da dinâmica do grupo, do excelente relacionamento entre chefes/responsáveis e os escuteiros. Cito o meu entrevistado de hoje “SER ESCUTEIRO É PARA TODOS” porque concordo com esta sua afirmação, mas já ser dirigente, com este entusiasmo, esta entrega e esta paixão já não é para qualquer um. Um obrigado muito especial ao meu caro amigo Pedro Rocha por mais esta agradável conversa e por tudo o que tem feito pela nossa juventude e pela comunidade.

Continue assim e conte comigo para o que precisar.

Um abraço, forte.

Mário Fernandes

13-06-2015